domingo, 22 de setembro de 2013
Bonequinha
O que fazer com você, bonequinha?
Não é linda o suficiente para ser vendida
Não é esperta o bastante para ser ouvida
O que fazer com você, bonequinha?
Seus dias de glória nunca vieram
Ninguém mais te quer por perto
Os amigos ja cansaram
O seu futuro é incerto
O que fazer com você, bonequinha?
Sua roupa nem é assim tão bonita
Que fazer, que fazer?
Ninguém vai te querer!
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
O último suspiro
Eu não poderia mais suportar. Lutei de todas as formas que sabia e pensei que havia me feito vitorioso dessa batalha. Pensei que colocariam em meu túmulo "Aqui Jaz Adam, o homem que lutou até o fim!". Quanta besteira!
Deixei de lado todas as minhas convições, minha honra, tornei-me egoísta e mesquinho, e para que? Apenas para desfrutar de uma vitória momêntanea e superficial. Mas se eu não tivesse feito esse trabalho sujo, tenho certeza que alguém mais o teria, e talvez não tivesse sido alguém cheio de tão boas intenções quanto eu. Estou me enganando, não haviam boas intenções, ao menos não para outra pessoa que não fosse eu mesmo. Se agora, neste último momento, eu me arrependo do que fiz? Sim, mais do que ninguém! Se eu voltaria atrás? Não, nunca, mas assumo a responsabilidade de suas consequências!
- Quem pegou os suspiros que eu trouxe da padaria? Adam, foi você?
- De jeito nenhum!
terça-feira, 3 de setembro de 2013
O Encontro
Aconteceu em um dia comum. Estava sentado na poltrona, de frente para a janela que dava para o jardim, observando o céu que não estava totalmente nublado e nem totalmente limpo. Não haviam pensamentos e minha cabeça divagava junto com a brisa do vento. Foi quando ouvi sua voz, tão parecida com a minha:
- Pare com isso!
Eu não me assustei, eu sabia quem era.
- Eu queria parar, só não sei como! - respondi.
- Sabe sim, só tem medo de fazê-lo!
Sua resposta me atingiu como um tapa. É verdade, eu realmente tinha medo, não queria fazer o que tinha que fazer por medo das consequências.
- Não tenha medo, eu vou ficar do seu lado!
- Vai mesmo? -perguntei contendo um choro de vergonha.
Senti que ele me abraçava, senti sua preocupação sincera, senti todo o seu amor infinito naquele simples abraço. Minhas resistências foram embora, e afinal, por quê estava resistindo? Chorei.
- Vai ficar tudo bem, de verdade!
- Eu sei! -respondi com sinceridade. Sorri levemente enquanto enxugava meu rosto, molhado pelas minhas lágrimas- Por que demorou tanto para vir?
- Não demorei para vir, você que demorou para me ouvir!
Senti beijar-me a testa, mas ele não se despediu e tampouco foi embora. Ele nunca irá embora na verdade, e agora eu sei disso.
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